2º ANO - O estrangeiro do ponto de vista sociológico


 O Estrangeiro Do Ponto De Vista Sociológico.

Georg Simmel (1858-1918) nasceu na Alemanha e seus pais eram Judeus convertidos ao protestantismo e foi nessa religião que Simmel foi batizado. O fato de vir de uma família com origem judaica mesmo que convertido era motivo de preconceito. De certa maneira para ser Judeu, Simmel sentia-se estrangeiro, pois era tratado como tal.

 O viajante e o Estrangeiro

• É preciso distinguir o viajante do estrangeiro. O estrangeiro para Simmel é aquele que chega e não vai embora logo, não é um mero viajante. É a figura que se muda de um lugar para outro, para ali residir, e não o turista.
• Como ele é estrangeiro, sua posição em relação ao grupo é marcada pelo fato de não pertencer ao grupo desde o início do mesmo ou desde que nasceu.
• O estrangeiro tem uma posição ambígua em relação ao grupo. Ele é um elemento do grupo, mesmo que não se veja como um, ou que não seja visto como parte dele pelos demais membros do grupo.
Ou seja é um elemento do conjunto, assim como são os indigentes ou os mendigos e todas as espécies de "Inimigos internos". Com isso Simmel quis dizer que mesmo aqueles que não são queridos por um grupo ou não são tratados como iguais, também fazem parte dele. Ou seja, o estrangeiro tem ao mesmo tempo uma relação de proximidade e envolvimento com o grupo de um lado. E de outro, uma relação de distância e indiferença. Ele vive cotidianamente próximo e envolvido com elas. Contudo como com frequência é tratado tal qual um "de fora", e se sente a parte do grupo, pode muitas vezes desenvolver um sentimento de distância e indiferença. O estrangeiro e, portanto, o estranho portador de sinais de diferença, como a língua costumes, alimentações, modos e maneiras de se vestir. Ele não partilha certos preconceitos do grupo e não se sente forçado a agir como um dos membros.